Cinderela

Ele: Vc viu o meu cinto?
Eu: humm... a última vez que o vi, ele estava no sofá.
Ele vai até o sofá e não encontra o cinto. Sai bufando e dispara: "Caramba, nunca encontro nada que preciso!". E eis que meu mau gênio responde: "Deve ser pq vc larga suas coisas por ae, esperando que eu as guarde. Mas quer saber? Cansei. Cansei de recolher suas coisas. Sempre encontro o que eu preciso, já que após o uso, coloco elas de volta aos seus lugares... vc devia tentar tb! Quem sabe vc comece a encontrar o que quer?". O bico fez-se presente. Fingi que nem era comigo.

Remeto me a este post (aliás, curiosaaa que sou, conheci esse blog - do post citado - neste blog aqui, muito bom tb)
Quem não quer amor assim? Creio que nesse quesito ando meio desiludida. Acho que não existe amor tão avassalador, pelo menos, não para mim. Não sou perfeita. Ninguém é. E Edward Cullen é perfeito, em todos os sentidos. Talvez seja por isso que Twilight mexeu tanto comigo e com tantas outras pessoas: a idealização do amor perfeito (e do ser amado perfeito tb! =D)

Agora quando penso em casamento, não consigo deixar de pensar na estória da Cinderela. Às avessas, é claro! Sim, pq antes de casar eu era uma "princesa". Hoje, casada, me sinto a empregada doméstica não remunerada. Temos outros projetos e investimentos (como o consórcio de nossa casa), por isso ainda não podemos pagar por alguém que faça esse serviço. Mas pra quem sobra? Pra mim, é claro! Quero saber onde é que tá escrito que eu tenho que fazer todo o trabalho doméstico... Afinal, eu trabalho fora tb, chego cansada, e tenho que cuidar de tudo, pensar em tudo, e saber onde tudo está. Talvez não seja só a questão do trabalho doméstico. Talvez seja a desilusão em descobrir as falhas do outro. Desilusão por esperar pela realização das promessas do casamento: união, companheirismo, amor eterno, altruísmo... de ambas as partes. Desilusão por ver seus anseios de amor perfeito, ruirem aos seus pés....